(Antiga Escola Teixeira Lopes)

dezembro 23, 2007

O nosso Natal

No meu Natal
aquele que eu celebro
a mesa está por colocar
não há pinheiro
nem prendas no sapatinho
não há embrulhos
não há laços...
Guardo o brilho do verde dos teus olhos
e preencho-me!
Desembrulho as tuas mãos
e ainda me aconchego nelas!
Deito-me no teu colo
e ainda me embalas na tua ternura!
Escuto a tua voz
trancada em mim!
Percorro a tua alegria
e reclamo-a!
Vagueio no silêncio da noite, guiada pela luz da tua vela
Da nossa vela!
E é assim, que continuas sempre comigo
E é assim o nosso Natal
não é, Mãe?!
De M.M.S

dezembro 20, 2007

Provedor do aluno

As férias dos nossos alunos estão já a decorrer depois de três meses de intenso trabalho em que a avaliação do desempenho do pessoal docente e, mais recentemente, a nova gestão escolar foram temas fortes deste período lectivo.
O pessoal docente e o pessoal não docente estão quase sempre na berlinda, por motivos diferentes, os pais e encarregados de educação também, as autarquias e as actividades locais não deixam que lhes tirem o protagonismo; mas dos alunos, o fim último da actividade educativa, quase nunca se fala.
Se não fossem eles, os discentes, as escolas não existiriam. É uma verdade insofismável. E, também por isso, todos os nossos esforços devem ter como objectivo o aluno, o futuro cidadão que a escola quer formar.
Para isso é necessário que todas as políticas sejam direccionadas para o sucesso dos alunos e também contra o abandono escolar.
A brincar, ou talvez não, acho que esta personagem principal do tabuleiro educacional deveria ter um Provedor, alguém que mostrasse aquilo que eles já há muito nos deram a entender que não está bem no ensino.
Esse Provedor, entre outros alertas, daria pelo menos dois que passo a expor.
O número elevado de disciplinas no terceiro ciclo. Por exemplo, no 7º ano de escolaridade os nossos jovens têm 12 disciplinas (2 são semestrais) e 3 áreas curriculares não disciplinares (ACND), num total de 15! O número pode ascender a 16 se o encarregado de educação inscreveu o seu educando em Educação Moral e Religiosa Católica ou outra confissão religiosa. No 8º e 9º anos o panorama é igual. O número elevado de disciplinas, em conjunto com as áreas curriculares não disciplinares, trazem uma falsa polivalência ao aluno que só o lança na confusão.
As ACND (Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica), criadas em 2001, não estão atingir os objectivos a que as propuseram. Não são verdadeiras disciplinas, pois não tratam de nenhuma área específica do saber, sendo até aproveitadas para a leccionação de algumas disciplinas, como por exemplo a Matemática, no âmbito do Plano de Matemática. A sua utilidade deve ser repensada e transformada num aproveitamento efectivo e útil para os nossos alunos e professores que devem ver nas políticas educativas algo perceptível e exequível.
Caso este facto fosse tido em conta pelos nossos políticos, estou certo de que ajudaria a resolver dois problemas com que as escolas se debatem actualmente, o insucesso e o abandono escolares. São verdadeiros problemas que merecem ser (re)pensados para que se encontrem boas soluções. Seguramente as escolas ajudarão também a encontrá-las.
O Provedor do aluno ficaria muito satisfeito pois julgaria que teria dado um importante contributo para a resolução destes e de outros problemas
.
Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro 20-12-07

dezembro 19, 2007

Corta-mato

Realizou-se no dia 12 de Dezembro, o nosso corta-mato escolar com grande adesão de participantes e espectadores. O sol apareceu e ajudou a aquecer o ambiente festivo, embora estivesse ao princípio uma brisa fresquinha mas não dissuasora.Apesar de algumas quedas e tropeções, enganos de percurso, sapatilhas mal apertadas e uma interrupção momentânea da corrida provocada por um excesso de zelo de uma funcionária, o saldo é francamente positivo.A ambulância dos bombeiros praticamente não teve "clientes" e a corporação policial não teve nenhuma ocorrência de "excesso de velocidade" ou "ultrapassagens mal feitas".Foram entregues medalhas, pelo nosso Presidente do Conselho Executivo, Dr. Filinto Lima e pelo Presidente da Associação de Pais desta Escola, aos 3 primeiros classificados de cada escalão masculino e feminino.
No fim, decorreu uma animada corrida de Professores com renhido despique pelas medalhas.
As classificações dos alunos foram as seguintes:

Infantil A (fem)
1º-Joana Silva, 5º-2
2º-Catarina Cardoso, 5-11
3º-Raquel Alves, 5-1
4º-Bárbara Martins, 5º1
5º-Filipa Martins,5º1
6º-Helena Meireles, 5º11
Infantil A(masc)
1º-Pedro Rui, 5º-2º
2º-João Almeida,5º2
3º-André Machado,5º5
4º-Diogo Almeida, 5º11
5º-Tiago Morgado,5º4
6º-Luís Ferreira, 5º2
Infantil B(fem)
1º-Joana Caramelo, 7º1
2º-Raquel Soares, 6º1
3º-Alexandra Cunha, 7º1
4º-Elza Santos,6º11
5º-Sandra Silva,6º5
6º-Catarina Pereira, 6º4
Infantil B(masc)
1º-Nelson Gomes, 6º1
2º-Diogo Martins,6º5
3º-Rui Pinto,6º11
4º-Ricardo Abreu,6º11
5º-Fábio Pereira,5º3
6º-José Soares,7º1
Iniciado (fem)
1º-Soraia Carvalho,7º7
2º-Bárbara Ramos,7º8
3º-Tatiana Monteiro,6º11
4º-Graziela Resende,8º4
5º-Marta Magalhães,6º3
6º-Cristina Silveira,8º4
Iniciado(masc)
1º-Guilherme Garcia,8º1
2º-André Alegre,7º4
3º-Artur Araújo, 6º9
4º-Eduardo Correia, 7º6
5º-Ricardo Madureira, 8º7
6º-Daniel Silva,6º8
Juvenil(fem)
1º- Ana Sousa,8º3
2º-Marta Augusto,9º4
Juvenil(masc)
1º-Ivo Bastos,8º6
2º- Pedro Triães,9º2
3º-Ruben Ferreira,6º3
4º-António Barbosa
5º-Joel Freitas,7º6
6º-Dirceu Santos,9º5
Júnior(masc)
1º-Ricardo Pereira,9º5


Os alunos de cada escalão classificados até ao 6º lugar irão representar a escola na fase distrital do corta-mato.
Lino Cruz(Subdep. Ed.Física)

dezembro 10, 2007

Trabalho em equipa

O final do primeiro período lectivo está a chegar com toda a força, vislumbrando-se uma época muito bonita, em que nos juntamos e partilhamos com todos aqueles que nos rodeiam, o que há de bom e menos bom.
A profissão de professor tem sido uma profissão onde a partilha nem sempre sucede, imperando a solidão. Na educação pré-escolar e no primeiro ciclo o educador e o professor são responsáveis pela sua sala e turma, e nos restantes ciclos de ensino pela sua disciplina. A sala de aula ainda é um templo sagrado e a sua gestão é da responsabilidade do docente, que toma as decisões que julgar necessárias.
O mundo de hoje não se compadece com a solidão dos grupos profissionais e o trabalho em equipa, para além de ser mais rentável e eficaz, é também mais eficiente conduzindo à obtenção de melhores resultados.
A classe docente tem tentado inverter esta tradição, mais enraizada no nosso egoísmo do que no nosso medo. Esta tendência está a inverter-se com resultados bem visíveis um pouco por todas as escolas.
Os professores aprendem a trabalhar em grupo, em equipa, quer entre si, quer com outras instituições não-educativas; os professores aceitam e pedem que sejam colocados nas escolas, técnicos especialistas em áreas chave do desenvolvimento humano e intelectual como sejam, psicólogos, mediadores, assistentes sociais e outros profissionais; os professores apelam à existência de encontros locais, regionais e nacionais onde sejam apresentados e discutidos temas de interesse da sua área do saber e da Educação em geral.
É minha opinião que as escolas deviam ser promotoras destes importantes encontros. As escolas não podem continuar a viver de costas voltadas umas para as outras, como se não fizessem parte do mesmo universo e da mesma área. Os famigerados rankings só aumentam a distância entre elas, não ajudando em nada a uma desejada aproximação e colaboração. Também aqui as parcerias são aconselháveis, sobretudo no que concerne à troca de experiências entre instituições educativas que quase sempre vivem os mesmos problemas e suportam as mesmas angústias.
O trabalho em equipa deve começar na sala de aula, prolongar-se para a escola e estender-se até ao seu exterior onde novas práticas e novos conhecimentos serão partilhados com benefícios óbvios quer para os professores quer para os alunos.
Esta mudança, desejável no Ensino e na Educação, não é fácil nem rápida. Bem sabemos que mudar mentalidades, é um processo moroso e delicado no qual neste caso, estão empenhados todos os docentes, em prol sobretudo, do combate ao insucesso e abandono escolares.

Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro (6-12-07)

dezembro 07, 2007

Visitas de Natal



Como já vem sendo costume, na última semana de aulas, vão decorrer as visitas de Natal organizadas pelas turmas de Educação Musical(2º ciclo) e de Música(7º e 8º anos) às várias turmas da Escola.

Numa grelha colocada na sala dos professores, estão indicadas a hora e turma visitante, assim como a turma e respectivo professor visitados. Desta forma pretendemos que os professores em causa organizem a sua aula contando com a visita.

Vamos espalhar o espírito de Natal através da música !
Subdepartamento de Ed.Musical/Música

dezembro 04, 2007

Canguru sem Fronteiras 2007


Estará disponível nos dias 10 e 11 de Dezembro, na plataforma moodle do nosso agrupamento, a prova de matemática “Canguru sem fronteiras”.
Esta prova destina-se aos alunos do 2º ciclo.
Para a sua realização é necessário estar inscrito na plataforma e aceder à disciplina de matemática do 2º ciclo.

Quem não está inscrito, pode aceder à plataforma em :
http://moodle.eb23-teixeira-lopes.rcts.pt/ e criar uma conta de utilizador, necessitando para isso de ter um endereço válido de correio electrónico. Depois de ter criado a sua conta, deve entrar na sua caixa de correio, validar a sua inscrição e entrar na disciplina de matemática do 2º ciclo. A senha de entrada na disciplina deve ser pedida ao professor de matemática.

A prova inicia-se com 24 pontos e consta de 24 questões de escolha múltipla que valem 3, 4 ou 5 pontos. Por cada resposta errada é descontado 1/4 da classificação da pergunta.


Bom trabalho!

novembro 29, 2007

Olimpíadas da Matemática

Nesta competição a pontuação total da prova é de 40 pontos.

Pré-Olimpíadas da Matemática

A lista de classificações na Teixeira Lopes foi a seguinte:

1º.Diogo Almeida ------7º2------------21,75
2º.Chen lin Xiao---------7º7--------------9,5
3º.Sara Inês-------------7º2--------------7,5
4º.Valter-----------------7º1--------------7,5
5º.Nuno Filipe------------7º8--------------7,5
6º.Roberto Júnior--------7º9-------------6,25

Os restantes participantes tiveram menos de 5 pontos.


Olimpíadas da Matemática

1º.José Ulisses-----------8º4--------------24
2º.Miguel Faria-----------8º6--------------20
3º.Ruben Nogueira--------8º6-------------19
4º. Nuno-------------------8º4-------------11
5º. Carlo Cadete----------8º5-------------11
6º. Pedro Simões---------8º5-------------11
7º.Tiago Pereira-----------8º5-------------10
8º.Patrícia Sousa---------9º3-------------10

Os restantes alunos participantes foram pontuados com um número de pontos inferior a 10.


Relativamente aos problemas propostos no Papagaio, as vencedoras foram:
-Dª Maria José e a Dª Graça (em resolução conjunta).

Parabéns a todos os participantes nas diferentes provas!

novembro 25, 2007

Distinção colectiva

O Ministério da Educação (ME) instituiu e atribuiu este ano pela primeira vez o “Prémio Nacional de Professores”.
Pode ler-se no site do ME que o “objectivo deste prémio é reconhecer e galardoar os docentes que contribuam de forma excepcional para a qualidade do sistema de ensino, quer no exercício da actividade docente, em contacto directo com alunos, quer na defesa de boas práticas com impacto na valorização da escola”.

O professor vencedor arrecadou 25.000 euros. Foi também premiado o mérito, subdividindo-o em quatro categorias (Carreira, Integração, Inovação e Liderança). Estes prémios foram “materializados por Diplomas de Mérito Pedagógico, visitas de estudo a escolas ou a instituições de referência no estrangeiro, publicação e divulgação de trabalhos dos candidatos”.

Concordo com esta distinção, independentemente das críticas que se possam fazer ao momento da instituição deste prémio, podendo dar a sensação que a Ministra da Educação quer “passar a mão pelo pêlo dos professores” como se ouviu entre estes profissionais.
Não concordo com a visão acima referida.Julgo, no entanto, que este Prémio não teve a participação desejada atendendo às escassas sessenta e cinco candidaturas! Muito pouco para um universo muito superior de docentes, para cima dos cem mil.Tenho a certeza que muitos outros professores reuniriam o perfil desejado para, pelo menos, os proponentes os candidatarem, atribuindo aquele baixo número ao facto de ser a primeira vez que o Prémio foi atribuído. A título informativo, compete aos “conselhos executivos e às associações profissionais de professores propor os candidatos ao galardão, que podem também ser indicados por, pelo menos, 50 docentes do mesmo agrupamento de escola ou do mesmo grupo disciplinar”.

A 2ª edição do Prémio Nacional de Professores já foi dada a conhecer publicamente fazendo votos que o número de candidatos seja francamente maior, o que demonstrará o interesse desta distinção.
No entanto, e julgando que a educação e o ensino devem merecer uma distinção do colectivo, proponho que seja também instituído um Prémio que distinga as escolas do nosso país onde se fazem, não raras vezes, autênticos milagres.

Proponho que seja instituído um Prémio, mesmo sem a atribuição de qualquer valor monetário que distinga a capacidade inaudita dos nossos estabelecimentos de ensino públicos onde, diariamente, se realizam fantásticos e notáveis trabalhos dos nossos professores, “pau para toda a colher”, que resolvem problemas de ensino e educação, mas também de saúde, solidariedade, tolerância, responsabilidade… Tenho a certeza que todas as escolas públicas portuguesas (pelo menos) seriam fortes candidatas a vencer o prémio final. A concorrência a este Prémio seria feroz!
Mais que um prémio singular, a educação e o ensino nacionais merecem uma distinção colectiva.

Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro(22-11-07)

novembro 17, 2007

Lista da inverdade

Oito anos volvidos e quase toda a comunicação social apresentou os denominados rankings das escolas, tornando umas muito felizes e satisfeitas com os resultados obtidos e outras apreensivas e descontentes face a um mesmo indicador, o único, ou seja, os resultados brutos dos exames do Ensino Secundário.
“É a radiografia possível do desempenho do sistema educativo”, segundo um jornal de Lisboa, afirmação que deixa antever a superficialidade de um trabalho que é graduar as escolas secundárias e os colégios tendo em conta unicamente os “resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário divulgados pelo Ministério da Educação” nos termos das “médias alcançadas pelos seus alunos”.
Julgo mesmo que a grande crítica a esta lista reside no particular de ter um único indicador que se admite num jogo de futebol onde só contam as bolas que entram na baliza, regra que todos aceitam; num trabalho como este, que se pretende sério, correcto e até com interesse científico, das duas uma: ou se muda o nome ou se considera mais indicadores.

Optando pela primeira situação (mudar o nome), em vez de rankings sugeria “escolas melhor classificadas tendo em conta os resultados dos exames dos seus alunos” ou “escolas melhor classificadas tendo em conta os resultados dos exames dos seus alunos e os critérios escolhidos pelo nosso jornal”!! Caso a opção recaísse na segunda hipótese (pluralidade de indicadores), a mais aconselhável, julgo que deveriam ser considerados, entre outros, factores que avaliem o efeito da escola sobre os alunos (valor que a escola acrescenta desde que o aluno entra na escola até que sai) e que tenha em conta o nível sócio-económico dos pais e da região onde a escola se insere, além de outros indicadores. Isto daria muito trabalho!!

Aliás, a Ministra da Educação diz ser fácil “fazer uma lista. Até podíamos produzir 30 listas diferentes. O difícil é encontrar o caminho para se encontrar níveis de qualidade”. Acrescenta Maria de Lurdes Rodrigues que “apenas um indicador” não é suficiente para avaliar a qualidade das escolas e que “Há muita vida nas escolas que não se traduz nos resultados dos exames”. Embora não se entenda por que motivo os resultados dos exames são disponibilizados em bruto, à mercê de uma comunicação social sedenta de fazer os seus rankings, é intenção deste governo fornecer às famílias informação concreta sobre as capacidades das escolas com parâmetros não mensuráveis.

João Formosinho diz que os rankings não passam de “indicadores da selecção de alunos que é feita nas escolas”, sendo contrário à existência dos mesmos. “As escolas melhor classificadas são aquelas frequentadas por jovens oriundos de famílias abastadas”, diz este eminente investigador para quem “os rankings revelam a relação que existe entre sucesso escolar e a posição social das famílias”. Aliás, um estudo recente revela isso mesmo, ou seja, “há uma forte relação entre o nível sócio-económico-cultural e o desempenho escolar dos alunos”.
Estou convencido que com base nesta lista da inverdade é incorrecto dizer que a escola que ficou no 1º lugar é a “melhor” e a que ficou como lanterna vermelha é a “pior”, independentemente de ser pública ou privada. E se assim não é, pergunto: obteria a escola que ficou em 1º lugar o mesmo resultado se estivesse inserida no território educativo da escola que ficou em último lugar, com os alunos desta? Conseguiriam os alunos da escola que ficou em último lugar ter uma classificação melhor se frequentassem a escola que ficou no lugar cimeiro?

Ramos do Ó, especialista em História da Educação, é forte crítico deste fenómeno em que “as pessoas não estudam para saber, estudam para exibir o conhecimento no exame”, acrescentando que “os colégios fazem é treinar os alunos para fazerem uma boa prova”. É obrigação da escola ser um instrumento que permita que um aluno de um meio sócio-económico desfavorecido suba ao nível do que vem de um meio mais privilegiado, mas esta “informação é decisiva para o reajuste das elites e para esta coisa de estigmatização social que a escola não devia ter”. Aliás, o que o ensino privado rejeita, o ensino público aproveita, necessária, moral e constitucionalmente.

Em nada ajuda o sistema educativo português esta lista em que as escolas são melhor ou pior posicionadas de acordo com os diferentes critérios dos meios de comunicação social. Outros, muitos outros indicadores devem ser usados se de facto se pretende hierarquizar as instituições de ensino.

Quando assim for, tenho a certeza que os resultados irão modificar totalmente os lugares que as escolas conquistaram nesta lista da inverdade, mostrando que a natural heterogeneidade de uma escola, de uma sociedade, é mais benéfica que uma forçada homogeneidade.
Filinto Lima

Quociente Apaixonado

Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo otogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela


Até que se encontraram

No Infinito.
“Quem és tu?”indagou ele
Com ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
( O que, em aritmética, corresponde a almas irmãs)
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que o Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer

Sociedade

De: Millor Fernandes

(Esta poesia é dedicada a todos os alunos que participaram esta semana nas Olímpiadas da Matemática.)

novembro 07, 2007

Há mais vida para lá do artigo 22º


O novo Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário foi o tema forte da semana passada, sobretudo nos meandros políticos, que se cingiu somente ao malfadado artigo 22º. A comunicação social, sedenta de boas polémicas, acompanhou das mais variadas formas todo o frenesim que o envolveu. E foi muito!Numa primeira fase não se tinha em conta a assiduidade do aluno para efeitos de reprovação; no entanto, a situação foi corrigida ou alterada ou revista ou repensada e parece que os efeitos das faltas passam também por esta consequência, aliás o mais certo e correcto.Seria de pensar que à opinião pública fosse dado a conhecer todo o documento e não apenas o artigo 22º. Mas não!O Estatuto foi desprezado, não foi debatido publicamente e aquele artigo foi o cerne da questão e, ao que parece, o que opunha os partidos políticos ao governo foi ultrapassado. Quem sabe alguma coisa sobre os outros artigos do Estatuto? Quem verificou se foi reforçada a “autoridade dos órgãos de gestão das escolas e dos professores na tomada de medidas disciplinares de carácter educativo”? Quem constatou a “desburocratização dos procedimentos associados à gestão da indisciplina”? Quem viu se foi reforçada a responsabilidade das famílias pela assiduidade e participação efectiva dos alunos na escolaridade obrigatória?Este caso fez-me lembrar a possibilidade de os pais e encarregados de educação avaliarem os professores dos seus educandos, aquando da discussão do novo modelo de avaliação dos docentes. Todos falaram sobre isso, e só sobre isso, ignorando por completo os restantes artigos bem mais importantes, cuja aplicação e consequências uma discussão estéril e desviante em nada esclareceu.É quase sempre assim!É minha opinião que um Estatuto do Aluno deve envolver outros ministérios, outras entidades que não exclusivamente a escola. Os alunos, os jovens e seus encarregados de educação, podendo contar com a escola para resolver alguns dos seus problemas, não podem contar apenas com ela. Há problemas que ultrapassam naturalmente as capacidades das escolas embora, em muitos casos, aqueles sejam lá resolvidos, e bem!A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) é uma entidade fundamental para, em articulação com a escola, ajudar na identificação e resolução de situações de indisciplina e falta de assiduidade dos alunos. Porém, não me parece que esta Instituição tenha recursos suficientes para acudir aos inúmeros casos que todos os dias chegam aos seus gabinetes, provenientes em grande parte das escolas.Aposta forte numa maior articulação entre as escolas e as CPCJ deveria ser uma prioridade deste governo para que o novo Estatuto do Aluno fosse operacionalizado e efectivamente aplicável.A Educação e o Ensino agradeceriam.
Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro (08-11-07)

novembro 01, 2007

Desafio


No dia 14 de Novembro, alguns alunos vão participar nas Pré-olimpíadas e nas Olimpíadas de Matemática. Os exercícios que eles terão de resolver serão certamente interessantes e de solução acessível a jovens de idades entre 12 e 16 anos. Para que todos possam testar a sua capacidade de resolução de problemas, é lançado o desafio aos professores e funcionários do nosso agrupamento.Todos poderão resolver estes 4 problemas, ( retirados de provas anteriores) e entregar a sua resolução ao grupo de Matemática, 3º ciclo, até ao dia 14 de Novembro.A melhor solução, mais criativa e bem apresentada, terá um pequeno prémio, para além da indicação neste local do seu brilhante feito!


Atenção!Não vale pedir ajuda aos filhos, aos amigos, ou até mesmo aos alunos na resolução dos problemas.

Exercícios

1) Dois amigos, o Silva e o Sousa, que há anos não se viam, encontram-se e trocam cartões.
- Já tens três filhos! E que idades têm eles? – perguntou a certa altura o Sousa
-- O produto das idades deles é 36 - respondeu o Silva.
- Mas essa informação não é suficiente para que eu descubra…
- De facto… Olha, a soma das idades é igual ao número da porta de minha casa.
Durante algum tempo o Sousa pensou, até que acabou por exclamar:
- Esses dados ainda não me chegam.
- Também cheguei a essa conclusão. Mas sabes, o meu filho mais velho toca piano.
Nessa altura, o Sousa disse-lhe correctamente as idades dos filhos.

Quais eram essas idades?



2) Numa festa estavam 20 jovens. Todas as raparigas dançaram: a Maria dançou com 7 rapazes, a Ana com 8, a Olga com 9 e assim sucessivamente até à última rapariga, que dançou com todos os rapazes. Quantos rapazes estavam na festa?

3) Às seis horas, o ângulo formado pelos ponteiros do relógio é um ângulo raso. Indique o instante (com aproximação até aos segundos) em que isto volta a acontecer pela primeira vez.



4) Manuel e Isabel são irmãos. Manuel tem tantos irmãos como irmãs. O número de irmãos de Isabel é o dobro do número de suas irmãs.
Quantas irmãs tem o Manuel?

outubro 30, 2007

Desporto Escolar

O horário de funcionamento dos grupos-equipa do Desporto Escolar está neste link.
Os alunos interessados devem inscrever-se junto do professor de Educação Física.
Os DT devem divulgar os horários aos seus alunos.
Todos os Grupos-Equipa têm 4 horas semanais.
O Xadrez e Ténis de Mesa funcionam em espaço próprio. As restantes modalidades funcionam no Ginásio e eventualmente no espaço exterior.
As modalidades que existem na escola Teixeira Lopes são estas: Golfe ; Judo; Futsal; Ténis de Mesa ; Actividades Rítmicas e Expressivas; Boccia e Desporto Adaptado ;Kin-Ball e Xadrez .
Inscreve-te e participa!

Liga Portuguesa Contra o Cancro

A exemplo dos anos anteriores, vai realizar-se na nossa escola o Peditório Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro.A iniciativa terá lugar nos próximos dias 31 de Outubro e 2 de Novembro.
Toda a comunidade escolar poderá participar nesta actividade, que está a cargo dos alunos do 7º 2.

outubro 25, 2007

Tempo para quase nada


" O ano lectivo já há mais de um mês que teve o seu início e muitos professores queixam-se da falta de tempo para preparar aquilo para que foram formados, ou seja, as aulas. A burocracia no nosso país é um dado adquirido devido à imposição de um enorme centralismo estatal nas diversas áreas em que está inserido, desde a Saúde à Justiça, da Economia à Educação passando por outros sectores em que os respectivos profissionais se queixam do tempo que perdem em situações de menor importância, mas que não lhes dá tempo para se ocuparem do que na verdade interessa e é importante. A Educação não foge à regra! Nas escolas, nas salas dos professores é audível a insatisfação dos profissionais do ensino em relação à papelada que têm de preencher e entregar, fazendo parte de uma burocracia a que urge pôr cobro. Muitos não tiveram tempo de preparar as suas aulas devidamente como gostariam, pois os afazeres burocráticos muitas vezes com prazos “para ontem”, não lhes permitiu.O saber dos nossos professores deve ser dirigido e destinado ao ensino dos alunos nas matérias que leccionam, dedicando-se assim à parte substantiva da Educação deixando a parte burocrática e adjectiva para outros profissionais, ou minimizando-a.Existem documentos que devem ser desburocratizados e tornados mais operacionais, referindo-me ao Projecto Educativo de Escola/Agrupamento, Projecto Curricular de Escola/Agrupamento, Projecto Curricular de Turma e Regulamento Interno do Agrupamento. Outros documentos provenientes do Ministério da tutela também tiram tempo precioso que os professores gastariam na preparação das suas aulas. Por vezes é a própria escola que complica e burocratiza ainda mais o sistema, inventando mais papelada que coloca os profissionais da Educação quase à beira de um ataque de nervos.Creio que um dos próximos passos a dar é mesmo a descodificação da burocracia reinante nas instituições de ensino, julgando que os contratos de autonomia que começam a ser celebrados podem ser o motor de arranque de uma situação mais agradável para todos e rentabilizadora da acção dos professores, enquanto pedagogos.Seguramente que todos lucrariam com esta situação de desburocratização, sobretudo os nossos professores que precisam de ter tempo para as suas aulas e, quantas vezes, para reflectirem na Educação e Ensino, tendo voz activa no que se produz ao nível da pedagogia e da legislação, muitas vezes desenhadas nos gabinetes e por pessoas que desconhecem o terreno, a escola enquanto espaço físico.Faço votos para que a vida dos docentes seja descomplicada julgando que seria um bom auxílio a simplificação de muitos actos que todos os dias uma escola pratica, quase sempre com recurso a muita papelada que só serve para complicar em vez de ajudar".
Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro(25-10-07)

outubro 15, 2007

Moodle do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos


Já se encontra disponível a plataforma Moodle do nosso agrupamento.
Podes efectuar a tua inscrição na plataforma e aceder aos seus conteúdos a partir da página da internet do nosso agrupamento, ou directamente através do URL:
http://moodle.eb23-teixeira-lopes.rcts.pt/ .

Os professores devem contactar a professora Helena Figueiredo, administradora do Moodle, para fazer a sua inscrição e dos seus alunos nas várias disciplinas.

Bom Trabalho!
Equipa de T.I.C

Dia Internacional da Biblioteca Escolar



22 de Outubro
A Biblioteca da nossa escola pretende assinalar esta data ( 22 de Outubro),pedindo a colaboração dos professores de Língua Portuguesa, no sentido de motivarem os seus alunos à produção de uma frase ou quadra sobre o significado deste importante espaço.
As frases ou quadras devem ser entregues, depois de previamente seleccionadas, na Biblioteca da Escola até ao dia 17 de Outubro.
Os trabalhos seleccionados serão expostos na Biblioteca.
A Coordenadora da BE

outubro 11, 2007

Dia Mundial da Alimentação

16 de Outubro
Convidamos-te a comemorar o "Dia Mundial da Alimentação", almoçando na cantina uma refeição completa, equilibrada e variada, de acordo com a "Roda dos Alimentos", proposta pelos alunos do 6º ano na disciplina de Ciências da Natureza.
Receberás um marcador de livros com algumas regras da Alimentação Saudável, que te ajudarão a viver com saúde e a lutar contra doenças graves que assolam a humanidade.
Subdepartamento de Ciências da Natureza-2º Ciclo

outubro 10, 2007

Olimpíadas da Matemática




A nossa Escola vai participar nas Olimpíadas de Matemática organizadas pela Sociedade Portuguesa de Matemática.
Os alunos de 7º ano podem participar nas pré-olimpíadas, que se realizam a nível de escola, numa só prova.
Os alunos do 8º e 9ºano podem participar nas olimpíadas – escalão A. Os melhores pontuados poderão participar, mais tarde, a nível regional e nacional.
A primeira prova é no dia 14 de Novembro.
As inscrições deverão ser feitas até ao dia 19 de Outubro, junto do respectivo professor de Matemática.
As provas de anos anteriores poderão ser consultadas no site da
SPM.

setembro 29, 2007

Dia Mundial da Música


O Subdepartamento de Educação Musical vai comemorar o dia mundial da música nas respectivas aulas entre o dia 28 de Setembro e 4 de Outubro.

Os professores farão uma alusão ao grande cantor mundial Luciano Pavarotti, recentemente desaparecido, assim como farão os alunos ouvir alguns excertos emblemáticos do vasto currículo do cantor.


Nas turmas de 5º e 6º anos, será mostrado o DVD do clássico musical “Música no Coração”, que funcionará como motivação para a execução de algumas canções pelos nossos alunos.


Nas turmas de 7º e 8º anos será apresentado o filme “Os Coristas”, que aborda a conquista de uma boa relação pedagógica através da música.

Subdepartamento de Ed. Musical


julho 03, 2007

junho 21, 2007

Exposição Interactiva de Jogos Matemáticos



Realizou-se no dia 20 de Junho de 2007 uma exposição interactiva de Jogos Matemáticos, integrada na "Semana Cultural" da Escola E.B. 2/3 Teixeira Lopes.






Alunos e professores participaram com entusiasmo nesta iniciativa.