(Antiga Escola Teixeira Lopes)

novembro 29, 2007

Olimpíadas da Matemática

Nesta competição a pontuação total da prova é de 40 pontos.

Pré-Olimpíadas da Matemática

A lista de classificações na Teixeira Lopes foi a seguinte:

1º.Diogo Almeida ------7º2------------21,75
2º.Chen lin Xiao---------7º7--------------9,5
3º.Sara Inês-------------7º2--------------7,5
4º.Valter-----------------7º1--------------7,5
5º.Nuno Filipe------------7º8--------------7,5
6º.Roberto Júnior--------7º9-------------6,25

Os restantes participantes tiveram menos de 5 pontos.


Olimpíadas da Matemática

1º.José Ulisses-----------8º4--------------24
2º.Miguel Faria-----------8º6--------------20
3º.Ruben Nogueira--------8º6-------------19
4º. Nuno-------------------8º4-------------11
5º. Carlo Cadete----------8º5-------------11
6º. Pedro Simões---------8º5-------------11
7º.Tiago Pereira-----------8º5-------------10
8º.Patrícia Sousa---------9º3-------------10

Os restantes alunos participantes foram pontuados com um número de pontos inferior a 10.


Relativamente aos problemas propostos no Papagaio, as vencedoras foram:
-Dª Maria José e a Dª Graça (em resolução conjunta).

Parabéns a todos os participantes nas diferentes provas!

novembro 25, 2007

Distinção colectiva

O Ministério da Educação (ME) instituiu e atribuiu este ano pela primeira vez o “Prémio Nacional de Professores”.
Pode ler-se no site do ME que o “objectivo deste prémio é reconhecer e galardoar os docentes que contribuam de forma excepcional para a qualidade do sistema de ensino, quer no exercício da actividade docente, em contacto directo com alunos, quer na defesa de boas práticas com impacto na valorização da escola”.

O professor vencedor arrecadou 25.000 euros. Foi também premiado o mérito, subdividindo-o em quatro categorias (Carreira, Integração, Inovação e Liderança). Estes prémios foram “materializados por Diplomas de Mérito Pedagógico, visitas de estudo a escolas ou a instituições de referência no estrangeiro, publicação e divulgação de trabalhos dos candidatos”.

Concordo com esta distinção, independentemente das críticas que se possam fazer ao momento da instituição deste prémio, podendo dar a sensação que a Ministra da Educação quer “passar a mão pelo pêlo dos professores” como se ouviu entre estes profissionais.
Não concordo com a visão acima referida.Julgo, no entanto, que este Prémio não teve a participação desejada atendendo às escassas sessenta e cinco candidaturas! Muito pouco para um universo muito superior de docentes, para cima dos cem mil.Tenho a certeza que muitos outros professores reuniriam o perfil desejado para, pelo menos, os proponentes os candidatarem, atribuindo aquele baixo número ao facto de ser a primeira vez que o Prémio foi atribuído. A título informativo, compete aos “conselhos executivos e às associações profissionais de professores propor os candidatos ao galardão, que podem também ser indicados por, pelo menos, 50 docentes do mesmo agrupamento de escola ou do mesmo grupo disciplinar”.

A 2ª edição do Prémio Nacional de Professores já foi dada a conhecer publicamente fazendo votos que o número de candidatos seja francamente maior, o que demonstrará o interesse desta distinção.
No entanto, e julgando que a educação e o ensino devem merecer uma distinção do colectivo, proponho que seja também instituído um Prémio que distinga as escolas do nosso país onde se fazem, não raras vezes, autênticos milagres.

Proponho que seja instituído um Prémio, mesmo sem a atribuição de qualquer valor monetário que distinga a capacidade inaudita dos nossos estabelecimentos de ensino públicos onde, diariamente, se realizam fantásticos e notáveis trabalhos dos nossos professores, “pau para toda a colher”, que resolvem problemas de ensino e educação, mas também de saúde, solidariedade, tolerância, responsabilidade… Tenho a certeza que todas as escolas públicas portuguesas (pelo menos) seriam fortes candidatas a vencer o prémio final. A concorrência a este Prémio seria feroz!
Mais que um prémio singular, a educação e o ensino nacionais merecem uma distinção colectiva.

Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro(22-11-07)

novembro 17, 2007

Lista da inverdade

Oito anos volvidos e quase toda a comunicação social apresentou os denominados rankings das escolas, tornando umas muito felizes e satisfeitas com os resultados obtidos e outras apreensivas e descontentes face a um mesmo indicador, o único, ou seja, os resultados brutos dos exames do Ensino Secundário.
“É a radiografia possível do desempenho do sistema educativo”, segundo um jornal de Lisboa, afirmação que deixa antever a superficialidade de um trabalho que é graduar as escolas secundárias e os colégios tendo em conta unicamente os “resultados dos exames nacionais do Ensino Secundário divulgados pelo Ministério da Educação” nos termos das “médias alcançadas pelos seus alunos”.
Julgo mesmo que a grande crítica a esta lista reside no particular de ter um único indicador que se admite num jogo de futebol onde só contam as bolas que entram na baliza, regra que todos aceitam; num trabalho como este, que se pretende sério, correcto e até com interesse científico, das duas uma: ou se muda o nome ou se considera mais indicadores.

Optando pela primeira situação (mudar o nome), em vez de rankings sugeria “escolas melhor classificadas tendo em conta os resultados dos exames dos seus alunos” ou “escolas melhor classificadas tendo em conta os resultados dos exames dos seus alunos e os critérios escolhidos pelo nosso jornal”!! Caso a opção recaísse na segunda hipótese (pluralidade de indicadores), a mais aconselhável, julgo que deveriam ser considerados, entre outros, factores que avaliem o efeito da escola sobre os alunos (valor que a escola acrescenta desde que o aluno entra na escola até que sai) e que tenha em conta o nível sócio-económico dos pais e da região onde a escola se insere, além de outros indicadores. Isto daria muito trabalho!!

Aliás, a Ministra da Educação diz ser fácil “fazer uma lista. Até podíamos produzir 30 listas diferentes. O difícil é encontrar o caminho para se encontrar níveis de qualidade”. Acrescenta Maria de Lurdes Rodrigues que “apenas um indicador” não é suficiente para avaliar a qualidade das escolas e que “Há muita vida nas escolas que não se traduz nos resultados dos exames”. Embora não se entenda por que motivo os resultados dos exames são disponibilizados em bruto, à mercê de uma comunicação social sedenta de fazer os seus rankings, é intenção deste governo fornecer às famílias informação concreta sobre as capacidades das escolas com parâmetros não mensuráveis.

João Formosinho diz que os rankings não passam de “indicadores da selecção de alunos que é feita nas escolas”, sendo contrário à existência dos mesmos. “As escolas melhor classificadas são aquelas frequentadas por jovens oriundos de famílias abastadas”, diz este eminente investigador para quem “os rankings revelam a relação que existe entre sucesso escolar e a posição social das famílias”. Aliás, um estudo recente revela isso mesmo, ou seja, “há uma forte relação entre o nível sócio-económico-cultural e o desempenho escolar dos alunos”.
Estou convencido que com base nesta lista da inverdade é incorrecto dizer que a escola que ficou no 1º lugar é a “melhor” e a que ficou como lanterna vermelha é a “pior”, independentemente de ser pública ou privada. E se assim não é, pergunto: obteria a escola que ficou em 1º lugar o mesmo resultado se estivesse inserida no território educativo da escola que ficou em último lugar, com os alunos desta? Conseguiriam os alunos da escola que ficou em último lugar ter uma classificação melhor se frequentassem a escola que ficou no lugar cimeiro?

Ramos do Ó, especialista em História da Educação, é forte crítico deste fenómeno em que “as pessoas não estudam para saber, estudam para exibir o conhecimento no exame”, acrescentando que “os colégios fazem é treinar os alunos para fazerem uma boa prova”. É obrigação da escola ser um instrumento que permita que um aluno de um meio sócio-económico desfavorecido suba ao nível do que vem de um meio mais privilegiado, mas esta “informação é decisiva para o reajuste das elites e para esta coisa de estigmatização social que a escola não devia ter”. Aliás, o que o ensino privado rejeita, o ensino público aproveita, necessária, moral e constitucionalmente.

Em nada ajuda o sistema educativo português esta lista em que as escolas são melhor ou pior posicionadas de acordo com os diferentes critérios dos meios de comunicação social. Outros, muitos outros indicadores devem ser usados se de facto se pretende hierarquizar as instituições de ensino.

Quando assim for, tenho a certeza que os resultados irão modificar totalmente os lugares que as escolas conquistaram nesta lista da inverdade, mostrando que a natural heterogeneidade de uma escola, de uma sociedade, é mais benéfica que uma forçada homogeneidade.
Filinto Lima

Quociente Apaixonado

Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo otogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela a dela


Até que se encontraram

No Infinito.
“Quem és tu?”indagou ele
Com ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
( O que, em aritmética, corresponde a almas irmãs)
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que o Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer

Sociedade

De: Millor Fernandes

(Esta poesia é dedicada a todos os alunos que participaram esta semana nas Olímpiadas da Matemática.)

novembro 07, 2007

Há mais vida para lá do artigo 22º


O novo Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário foi o tema forte da semana passada, sobretudo nos meandros políticos, que se cingiu somente ao malfadado artigo 22º. A comunicação social, sedenta de boas polémicas, acompanhou das mais variadas formas todo o frenesim que o envolveu. E foi muito!Numa primeira fase não se tinha em conta a assiduidade do aluno para efeitos de reprovação; no entanto, a situação foi corrigida ou alterada ou revista ou repensada e parece que os efeitos das faltas passam também por esta consequência, aliás o mais certo e correcto.Seria de pensar que à opinião pública fosse dado a conhecer todo o documento e não apenas o artigo 22º. Mas não!O Estatuto foi desprezado, não foi debatido publicamente e aquele artigo foi o cerne da questão e, ao que parece, o que opunha os partidos políticos ao governo foi ultrapassado. Quem sabe alguma coisa sobre os outros artigos do Estatuto? Quem verificou se foi reforçada a “autoridade dos órgãos de gestão das escolas e dos professores na tomada de medidas disciplinares de carácter educativo”? Quem constatou a “desburocratização dos procedimentos associados à gestão da indisciplina”? Quem viu se foi reforçada a responsabilidade das famílias pela assiduidade e participação efectiva dos alunos na escolaridade obrigatória?Este caso fez-me lembrar a possibilidade de os pais e encarregados de educação avaliarem os professores dos seus educandos, aquando da discussão do novo modelo de avaliação dos docentes. Todos falaram sobre isso, e só sobre isso, ignorando por completo os restantes artigos bem mais importantes, cuja aplicação e consequências uma discussão estéril e desviante em nada esclareceu.É quase sempre assim!É minha opinião que um Estatuto do Aluno deve envolver outros ministérios, outras entidades que não exclusivamente a escola. Os alunos, os jovens e seus encarregados de educação, podendo contar com a escola para resolver alguns dos seus problemas, não podem contar apenas com ela. Há problemas que ultrapassam naturalmente as capacidades das escolas embora, em muitos casos, aqueles sejam lá resolvidos, e bem!A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) é uma entidade fundamental para, em articulação com a escola, ajudar na identificação e resolução de situações de indisciplina e falta de assiduidade dos alunos. Porém, não me parece que esta Instituição tenha recursos suficientes para acudir aos inúmeros casos que todos os dias chegam aos seus gabinetes, provenientes em grande parte das escolas.Aposta forte numa maior articulação entre as escolas e as CPCJ deveria ser uma prioridade deste governo para que o novo Estatuto do Aluno fosse operacionalizado e efectivamente aplicável.A Educação e o Ensino agradeceriam.
Filinto Lima in O Primeiro de Janeiro (08-11-07)

novembro 01, 2007

Desafio


No dia 14 de Novembro, alguns alunos vão participar nas Pré-olimpíadas e nas Olimpíadas de Matemática. Os exercícios que eles terão de resolver serão certamente interessantes e de solução acessível a jovens de idades entre 12 e 16 anos. Para que todos possam testar a sua capacidade de resolução de problemas, é lançado o desafio aos professores e funcionários do nosso agrupamento.Todos poderão resolver estes 4 problemas, ( retirados de provas anteriores) e entregar a sua resolução ao grupo de Matemática, 3º ciclo, até ao dia 14 de Novembro.A melhor solução, mais criativa e bem apresentada, terá um pequeno prémio, para além da indicação neste local do seu brilhante feito!


Atenção!Não vale pedir ajuda aos filhos, aos amigos, ou até mesmo aos alunos na resolução dos problemas.

Exercícios

1) Dois amigos, o Silva e o Sousa, que há anos não se viam, encontram-se e trocam cartões.
- Já tens três filhos! E que idades têm eles? – perguntou a certa altura o Sousa
-- O produto das idades deles é 36 - respondeu o Silva.
- Mas essa informação não é suficiente para que eu descubra…
- De facto… Olha, a soma das idades é igual ao número da porta de minha casa.
Durante algum tempo o Sousa pensou, até que acabou por exclamar:
- Esses dados ainda não me chegam.
- Também cheguei a essa conclusão. Mas sabes, o meu filho mais velho toca piano.
Nessa altura, o Sousa disse-lhe correctamente as idades dos filhos.

Quais eram essas idades?



2) Numa festa estavam 20 jovens. Todas as raparigas dançaram: a Maria dançou com 7 rapazes, a Ana com 8, a Olga com 9 e assim sucessivamente até à última rapariga, que dançou com todos os rapazes. Quantos rapazes estavam na festa?

3) Às seis horas, o ângulo formado pelos ponteiros do relógio é um ângulo raso. Indique o instante (com aproximação até aos segundos) em que isto volta a acontecer pela primeira vez.



4) Manuel e Isabel são irmãos. Manuel tem tantos irmãos como irmãs. O número de irmãos de Isabel é o dobro do número de suas irmãs.
Quantas irmãs tem o Manuel?