(Antiga Escola Teixeira Lopes)

junho 05, 2008

Exames e provas nacionais

As provas de aferição de Língua Portuguesa e Matemática foram aplicadas no mês passado aos alunos do 4º e 6º anos. O objectivo destas provas, não é avaliar as aprendizagens dos alunos, mas antes avaliar como é que no sistema de ensino, estão a ser alcançados os objectivos e as competências de cada ciclo. Representando estas provas, trabalho acrescido tanto para os alunos, como para as escolas, os resultados deveriam ser tidos em conta na avaliação, pelo menos parcialmente.
Isso mesmo acontece com os testes intermédios, corrigidos pelos professores, introduzidos no ano lectivo de 2005/06, familiarizando os alunos com a realização de exames, sendo dada a possibilidade a cada escola ,de implicar ou não os seus resultados na avaliação.
Os exames estão aí a bater à porta e traduzem-se em instrumentos de avaliação externa, que se aplicam na conclusão do 3º ciclo (9º ano), nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. São uma espécie de prova dos nove, pois certificam a aquisição pelos alunos das aprendizagens e competências previstas para este nível de ensino. Têm peso nos resultados finais.
São semanas de stress, quer para os alunos quer para os professores, ansiosos por saberem os resultados das provas que terão implicações futuras nas suas vidas. Como é sabido, nos termos do novo modelo de avaliação do desempenho docente, os resultados finais dos alunos influenciam a avaliação dos professores.
As escolas, quer as secundárias quer os agrupamentos, têm já as equipas dos exames a trabalhar a todo o gás, enfrentando uma época especial de azáfama, pois tudo fazem para criar condições, também nesta altura, para que os seus alunos obtenham as melhores classificações.
Para muitos alunos é a despedida dos estabelecimentos de ensino rumo a outros desafios, levando consigo um conjunto de competências que os ajudarão a enfrentar com menos dificuldade o mundo extremamente competitivo que vão encontrar. No futuro agradecerão à escola não só a panóplia de conhecimentos adquiridos e a formação enquanto indivíduo e cidadão com plenos direitos, mas também por ter convivido, no mesmo espaço, com uma heterogeneidade de pessoas com diferentes maneiras de agir, ser e pensar, enriquecendo ainda mais a sua formação pessoal.
O ano lectivo, repleto de acontecimentos e alterações marcantes, sobretudo as que dizem respeito aos docentes, passou num ápice, tendo sido especialmente difícil.
Que o final do ano seja mais calmo, de modo a que todos os implicados neste processo, nesta caminhada, alcancem as metas programadas, quer pessoais quer profissionais.

Filinto Lima, in O Primeiro de Janeiro

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