(Antiga Escola Teixeira Lopes)

novembro 24, 2011

Personalidade do Mês

Na passada quinta-feira, dia 10 de Novembro de 2011, as repórteres do E.T.L. entraram em ação. Iniciaram assim uma das muitas entrevistas que poderás ler, aqui no blog, ao longo deste ano letivo. Esta nova atividade chama-se Personalidade do Mês. A personalidade do mês de Novembro é o diretor do agrupamento, o Dr. Filinto Lima.
Repórteres do E.T.L.: Qual é a sua naturalidade? Onde nasceu?
Dr. Filinto : Nasci em Massarelos, no Porto, na maternidade Júlio Dinis, mas vivi muitos anos em Oliveira do Douro, que foi a terra onde eu cresci e considero a terra do meu coração. Atualmente vivo em Mafamude.

Repórteres do E.T.L. : Quais são as suas melhores recordações de infância na escola? E as piores?
Dr. Filinto : Tenho boas recordações da minha infância e de quando era estudante. Recordo-me das brincadeiras que fazíamos e os jogos em que participava. Fui um aluno disciplinado e tive a sorte de ter grandes professores. Quando era criança não tive nenhuma experiência negativa, portanto tive uma infância feliz.

 Repórteres do E.T.L. : Quais os professores que o marcaram? Que escolas frequentou?
Dr. Filinto : Andei numa escola de Oliveira do Douro, a escola do Outeiro (do 1º ao 4º ano), depois fui para a escola básica Escultor António Fernandes de Sá, Gervide, Oliveira do Douro, onde fiz o 2º Ciclo. Depois fui para a secundária de Oliveira do Douro (3º Ciclo), na altura a funcionar no Colégio do Sardão, fiz o 10º e 11º anos na secundária António Sérgio e realizei o 12º ano no Liceu de Gaia, a secundária Almeida Garret. De seguida fui para a Universidade cursar Direito. Eu não era um aluno brilhante, mas acho que sempre fui um aluno empenhado e dedicado, estudava e trabalhava. Gostei muito de um professor que já faleceu que era muito exigente e muito rígido, foi meu professor de língua portuguesa, o professor Loureiro e reconheço que aprendi muito com ele. Marcou-me pelo lado positivo e superou sem dúvida o lado negativo, ajudando-me a melhorar como pessoa.

Repórteres do E.T.L. : Qual a carreira que quis seguir nas várias fases da sua vida?
Dr. Filinto : Durante a minha infância eu queria ser futebolista e a partir daí acho que sempre quis uma profissão ligada ao mundo da justiça. Tirei o curso Direito, exerci e fui advogado. Neste momento não exerço, mas um dia que saia da carreira de professor gostava de voltar a exercer a profissão de advogado que é muito bonita.

Repórteres do E.T.L. : No seu tempo que estilos de partidas ou de maus comportamentos existiam na escola?
Dr. Filinto : Há várias diferenças, por exemplo, naquela altura não existia telemóvel e hoje há comportamentos incorretos devido ao telemóvel, mas havia na mesma maus comportamentos. Havia colegas meus que eram mal comportados e até alguns com comportamentos piores aos de hoje, já era uma altura muito complicada. Os nossos jogos eram jogos de futebol e de vez em quando havia sempre um colega ou outro que gozava um bocadinho com o professor e uma ou outra situação de violência com os colegas, mas não havia assim muitas partidas. As minhas turmas sempre foram muito sossegadas.

Repórteres do E.T.L. : Qual a pessoa que mais o marcou na vida? Porquê?
Dr. Filinto: A minha mãe marcou-me imenso, ainda é viva, e continua a marcar-me. Sempre tivemos uma boa relação e penso que sempre esteve ao meu lado, o facto de ser uma pessoa só com o 6º ano é uma pessoa que tirou o curso da vida e ela marcou-me por esse motivo. A minha avó materna, chamava-se Florinda, foi uma pessoa de quem eu gostava muito e acabou por marcar-me bastante também. Era muito amiga e gostava muito de mim. Foi uma pessoa que nunca estudou na vida, nunca foi para a escola, e apoiou-me em todos os níveis: a estudar sempre e a ser boa pessoa. E porquê A Mãe ? – O meu pai também me ajudou bastante mas a mãe sempre foi aquela pessoa a quem eu mais me afeiçoei. Mas também adoro o meu pai.

Repórteres do E.T.L. : Arrepende-se de alguma atitude que tenha tomado?
Dr. Filinto: Concretamente não sei dizer, mas há sempre atitudes que nós tomamos, por exemplo aqui na escola… e só quando chego a casa, à noite é que reflito no meu dia e apercebo-me que fui injusto com aquele aluno, professor ou funcionário e não deveria ter tomado aquela decisão, e mais tarde tento não voltar a repetir o mesmo erro.

Repórteres do E.T.L. : O que o levou a escolher o ensino e a direção de um Agrupamento? E porquê, especialmente, o Costa Matos?
Dr. Filinto: Tirei metade do meu curso a estudar e a trabalhar, a dar aulas. A primeira escola onde dei aulas foi em Castelo de Paiva e depois comecei a gostar do ensino, a estabelecer uma boa relação com os alunos. Depois vim para a Teixeira Lopes, há 15 anos, como professor de Geografia e o Dr. Matos gostou de mim e convidou-me para fazer parte da equipa diretiva dele, até que chegou a um ponto em que fiquei mesmo como diretor. Neste momento estamos a meio do mandato, eu e a equipa que escolhi, estamos mais este ano e o próximo. Depois ainda não sei. Gosto deste trabalho, é um trabalho muito exigente e que consome vinte e quatro horas por dia! Quando saio da escola sede vou sempre a pensar na Teixeira Lopes e no resto das escolas do Agrupamento.
 Repórteres do E.T.L.: Houve alguma turma ou aluna/o que o marcaram?

Dr. Filinto: Lembro-me de uma aluna que tive, em Oliveira do Douro, que se chama Gabriela e hoje é economista. Fui professor dela no 12º ano. Foi uma aluna a quem eu dei nota 20 logo no primeiro período, era uma aluna brilhante e muito estudiosa embora ache que até fosse demais, pois penso que temos que viver para o estudo mas também temos a vida, os amigos, a família. Era de facto boa aluna, boa pessoa e tinha outras características que a meu ver uma pessoa deve ter, não era invejosa, era solidária…reunia certas qualidades que eu não via nos outros alunos.

Repórteres do E.T.L : Qual é o adjectivo, palavra ou citação que melhor o descreve e/ou com o qual se identifica? 
Dr. Filinto: Acho que sou uma pessoa esforçada e empenhada. Como trabalho muitas das vezes para ontem e tento resolver a maioria dos problemas no próprio dia, a frase que melhor me descreve é “Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.”

Esta entrevista revelou-nos outras facetas menos conhecidas da personalidade do nosso diretor, como a sua infância ou a sua juventude. Verificamos, mais uma vez, toda a sua acessibilidade e simpatia. 

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